E se Lisboa tivesse um parque de diversões gigante?

Criar um parque temático e de lazer capaz de receber até quatro milhões de visitantes por ano, fazendo da capital portuguesa um destino para famílias, é um dos dez programas estratégicos inscritos no novo plano que Associação do Turismo de Lisboa (ATL) apresenta hoje.

transformar belém num «distrito dos museus», tirando partido dos espaços museológicos dedicados à marinha, arte popular ou arqueologia, bem como o futuro museu dos coches e o centro cultural de belém, é outro dos projectos sugeridos no documento, o tlx14, que traça a estratégia para estimular o turismo da região entre 2011 e 2014.

para potenciar o turismo de negócios – que beneficia do clima ameno da capital portuguesa e da relação qualidade/preço da oferta hoteleira – a atl aponta ainda a necessidade de construir um novo centro de congressos com capacidade para 8000 pessoas. a zona da praça de espanha é referida como a mais indicada devido à existência de 4500 quartos hoteleiros.

«importa continuar a inovar, a aumentar a competitividade e a proporcionar ao turista experiências únicas, para que a região de lisboa continue, como até aqui e de forma concertada, a ser o motor do turismo nacional. nunca é demais recordar que a região foi responsável por 22% das dormidas e por 29% das receitas globais na hotelaria nacional em 2009», considera o director-geral da atl, vítor costa, num artigo de opinião publicado hoje no caderno confidencial do sol.

ter uma estação náutica em algés, aumentar os postos de amarração para barcos ao longo da costa da região de lisboa, aumentar as rotas e as ligações aéreas e as conexões ferroviárias, sobretudo através da alta velocidades são outras das componentes desta dezena de programas estratégicos. objectivo: aumentar a notoriedade e a complementaridade da oferta turística da região. e «colocar lisboa no top of mind das principais capitais europeias», sublinha ainda vítor costa.

até 2014, prevê-se que a cidade de lisboa ultrapasse os 6,3 milhões de dormidas (mais 628 mil do que em 2009) e que o gasto médio diário (sem transporte) dos visitantes aumente para 137,15 euros, contra os 131,41 euros registados em 2009.

já na grande lisboa (concelhos de lisboa, cascais, sintra, mafra e oeiras) estima-se que haja um crescimento de 795,7 mil dormidas no período de vigência do plano, e de mais de um milhão de dormidas se considerar a área promocional de lisboa, que engloba o território entre setubal e fátima.

sem detalhar valores, o tlx14 adianta ainda que a estratégia de promoção regional é para ser seguida, mantendo os meios humanos, materiais e financeiros.

ana.serafim@sol.pt