a rtp1 tem tentado desesperadamente trazer novidade para o acompanhamento dos resultados. há dois anos, abriu a emissão ao apresentar uma segway que deslizaria atrás dos pivôs conferindo velocidade à informação. o câmara que por lá se equilibrava espalhou-se com tal aparato que marcelo rebelo de sousa e judite de sousa pararam a conversa e quase saltaram em seu socorro. no domingo, a rtp1 apostou numa outra inovação despropositada: um ipad na mão de josé alberto carvalho, para lançar os dados mais frescos da contagem de votos. como não custa adivinhar, o ipad pouca diferença produziu na emissão, já de si ameaçada por uma eleição presidencial sem história. a informatização da contabilização dos votos, aliás, é uma facada forte neste acompanhamento televisivo – rapidamente põe fim à especulação e às expectativas que mantêm as pessoas presas aos ecrãs.
no entanto, e porque a noite em questão continua a ser uma das maiores batalhas entre canais, foi curioso perceber as estratégias adoptadas por cada um a fim de sair logo na frente, às 20h, quando as respectivas projecções avançaram os prováveis resultados finais. a rtp1 optou por antecipar o telejornal, com um especial eleições logo no registo informativo e antecipando reportagens que preparavam a entrada em cena dos protagonistas. a tvi resolveu estrear um dos maiores blockbusters dos últimos anos – marley e eu.
quem ganhou? de acordo com a marktest, ambas. vamos ver o que inventam para a próxima.