os mercados estarão atentos aos números, que, não sendo vinculativos para a totalidade do ano, darão já uma ideia da capacidade que o executivo teve de conter o ‘monstro’ no arranque de 2011. não será o fim do mundo se a despesa derrapar ligeiramente, mas é essencial que portugal consiga demonstrar a negação do ditado segundo o qual «maus começos, melhores finais». de outro modo, o governo vai perder a face junto dos mercados e da união europeia, numa altura em que já é dado como certo o resgate ao país, em abril. é inútil, portanto, que teixeira dos santos se queixe, como se queixou esta semana em bruxelas, em relação aos atrasos na decisão sobre o reforço e flexibilização do fundo de apoio a países em dificuldades. ninguém lhe liga – e esta semana os investidores penalizaram em força os juros da dívida, sobretudo no mercado secundário. é escusado, portanto, fazer queixas e atribuir aos outros responsabilidades. é ao governo que compete mostrar o que valemos. para o melhor e o pior. o resto, como se diz coloquialmente, é conversa.
entretanto, o sol – e o confidencial em particular – inicia esta semana uma nova fase, com nova imagem, mais páginas dedicadas à lusofonia, e novas secções e colunistas. é este o nosso compromisso com angola, cabo verde e moçambique, porque é sobretudo através dos negócios que nos podemos entender melhor, reforçando laços, traçando novos caminhos e descobrindo formas renovadas de crescer em conjunto. o futuro só pode ser melhor. outra hipótese não é, sequer, admissível.
ricardo.d.lopes@sol.pt