a adolescência é marcada pela busca incessante de independência face aos pais e as saídas nocturnas são um marco importante desta fase. para os jovens, as saídas representam um momento em que podem estabelecer relações interpessoais, de uma forma desinibida, facilitada, por vezes, pelo consumo de álcool ou outras drogas. proibir-lhes as saídas e obrigá-los a ficar em casa, enquanto os outros da sua idade se divertem, só acarreta problemas de insegurança pessoal e de integração social, bem como conflitos na convivência familiar. contudo, considero que jovens entre os 11 e os 15 anos ainda não estão preparados para as saídas nocturnas com amigos, uma vez que a noite oferece um conjunto de oportunidades para enveredar por comportamentos de risco; e ainda não têm ferramentas cognitivas e afectivas para se defenderem.
se optarem por deixar a vossa filha sair aos fins-de-semana devem discutir algumas condições: chegar a acordo quanto ao horário e, por exemplo, quanto às consequências quando este não é cumprido. estes acordos deverão ser compreensíveis para ambas as partes.
é necessário que os jovens saiam e se relacionem, tenham amigos e disponham de um espaço e de um tempo, nos quais não sintam a protecção dos pais.
«educar implica assumir riscos, dar autonomia e co-responsabilizar-se» (javier urra).
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