o espectáculo, esse, tem piorado ao longo dos anos e esta última edição bateu no fundo.
uma das armas da cerimónia – a escolha de apresentadores – esbarrou este ano numa dupla desastrosa: a histeria de anne hathaway de braço dado com a frieza de james franco. e não, não houve discursos memoráveis ou sequer prémios inesperados. foram, muito possivelmente, os piores óscares da história recente. felizmente, graças à tecnologia, assistir à cerimónia já não se faz como há dez anos. é verdade que não houve alternativa à pobre transmissão da tvi – um chorrilho de banalidades que nada adiantam em relação ao que vemos no ecrã –, mas nos últimos anos é imprescindível ter um olho na televisão e outro no computador.
aí sim, está o verdadeiro atractivo dos óscares actuais. na internet (facebook e afins) comenta-se a cerimónia e os prémios, nos chats em directo das redacções os críticos atiram-se ao ano cinematográfico e os blogues sobre moda analisam impiedosamente cada centímetro do guarda-roupa na passadeira vermelha. na entrada, aliás, esteve este ano o melhor da transmissão: o directo do e! entertainment, na sua combinação de comentários aos vestidos, entrevistas inconsequentes e tudo o que tendencialmente apelidamos de futilidade. e é o que vale a hollywood, porque com óscares como estes a vulgaridade está no próprio espectáculo e não no que o antecede.