no discurso de abertura do debate na assembleia da república sobre a moção de censura ao governo apresentada pelo be, o dirigente bloquista afirmou que, se a iniciativa for aprovada, «a democracia venceu e vai decidir».
no entanto, se for recusada – como deverá acontecer hoje, com os votos contra do ps e a abstenção do psd e cds -, louçã deixou o apelo: «ouçam o que dirá o país na rua, porque onde está a democracia, ela vencerá».
para o deputado do be, o primeiro-ministro «vem hoje pedir à maioria que o suporta – ps, psd e cds – que o deixem continuar a degradação da economia e da vida pública».
no entanto, avisou francisco louçã, «vai acabar esse tempo» em que ps e psd agem como se possuíssem «o direito inquestionável de condicionarem todas as decisões».
«hoje ficará claro quem governa, como governa e para quem governa. e ficará mais claro ainda que a esquerda luta pelo país, pela liderança e pelas soluções», declarou.
a moção de censura é «a resposta à crise nacional», sustentou louçã, acrescentando que eleições antecipadas são a única solução, face à «alternativa insuportável da degradação continuada da política».
lusa / sol