Autarcas congratulam-se com abertura da A41 e da A43

Os autarcas de Gondomar, Valongo, Espinho e Feira consideram positiva a abertura das auto-estradas A41 e A43, que a partir de hoje facilitam o descongestionamento do centro do Porto e representam uma hipótese de investimento para a periferia.

durante a última vistoria técnica à a41, valentim loureiro, presidente da câmara municipal de gondomar, declarou: «estas auto-estradas são de extraordinária importância para a região, sobretudo para gondomar, valongo, paredes e todas as ligações a norte. ficamos com a cidade do porto desanuviada em termos da passagem de viaturas, porque, nas pontes da arrábida e do freixo, em horas de ponta já não se pode lá passar».

valentim loureiro realçou depois a sua experiência de 17 anos como autarca para afirmar: «eu sempre disse que gondomar não teve o desenvolvimento de outros municípios à volta porque não tinha acessibilidades. estas auto-estradas vêm numa época de crise, em que não há grandes investimentos a fazer na área da indústria, mas, de qualquer maneira, penso que é a partir daqui que gondomar se pode desenvolver».

fernando melo, presidente da câmara de valongo, também concorda que as novas vias, na medida em que completam a circular regional externa do porto (crep), são «fundamentais para a região».

«a crep tem uma importância profunda para valongo, que tem a única central rodoferroviária do país a norte de lisboa», explicou, adiantando:

«vai fazer uma articulação que não existia antes, produzir desenvolvimento e, nas zonas industriais, promover a saída de matérias-primas para fora do país, aumentando a exportação».

já para o autarca de santa maria da feira, alfredo henriques, a a41 «interessa sobretudo às pessoas do concelho que querem deslocar-se para o norte do porto», uma vez que, até aqui, «uma viagem para viana, braga ou vila real implicava obrigatoriamente atravessar a ponte do freixo ou da arrábida, com os inconvenientes que isso tem nas horas de ponta».

admitindo, contudo, que a circulação pela a1 será mais barata do que pela a41, alfredo henriques defende que os condutores terão agora «que fazer contas e optar».

«ou se metem na confusão do porto e há alturas do dia em que facilmente o podem fazer», observou, «ou em horas de ponta é muito mais prático pagar 2 euros do que ficar a moer o carro no meio do trânsito».

pinto moreira, presidente da câmara de espinho, reconhece que o seu município «já está bem servido em termos rodoviários com a a1 e a29», mas encara o novo eixo da a41 como «absolutamente essencial no fluxo com o norte e o nordeste de portugal, áreas relativamente às quais o concelho estava algo afastado».

realçando a faceta «eminentemente turística» dessa cidade, o autarca garantiu que «muita gente de bragança, vila real e macedo de cavaleiros, por exemplo, passará a encarar a excelente praia de espinho como um destino prioritário».

num investimento de 385 milhões de euros, as auto-estradas a43 e a41 representam a conclusão da circular regional externa do porto, que já existia desde espinho até à a1 e desde a ermida até à a28.

a a43 liga o porto a gondomar, enquanto a a41 – que integra uma nova travessia sobre o rio douro e um túnel de 460 metros – se estende de espinho a paredes, através dos concelhos de santa maria da feira (nó do picoto), gaia, gondomar (na confluência da a43) e valongo (ermida).

a concessão é da auto-estradas do douro e, no troço entre picoto e ermida, o preço das portagens varia entre os 2,85 euros para a classe de veículos 1 e os 7,15 euros para as viaturas da classe 4.

lusa/sol