«talvez seja um dos nossos grandes patrimónios, a quantidade de pessoas que por causa dos nossos projectos começaram a trabalhar juntas», diz nuno artur silva, director-geral da agência criativa, em entrevista à agência lusa.
o responsável dá o exemplo do humorista josé diogo quintela, que quando entrou na empresa não conhecia os restantes elementos com quem viria a trabalhar e a formar o grupo de humoristas gato fedorento.
a produtora liderada por nuno artur silva é responsável por projectos televisivos como “os contemporâneos”, o “contra-informação”, o “hermanzap”, o “herman enciclopédia”, “o eixo do mal” e o “conversa da treta”, entre outros.
nuno artur silva admite que uma das dificuldades no partir para novos projectos tem que ver com a indefinição sobre o sucesso que os mesmos – e os respectivos autores – poderão vir a ter junto do público.
«nunca se sabe o que vai acontecer. podemos ter a percepção de que ‘isto é muito bom, isto é muito mau, isto é mais ou menos’, mas há outra medida que não temos, se vai ter público e êxito ou não», analisa.
no que refere ao canal q, disponível apenas na operadora meo, nuno artur silva destaca a «lógica agregadora» do projecto, que pretende funcionar como um «mapa» sobre o que de melhor se passa na actualidade, da música aos livros passando pela própria televisão e conteúdos nessa área disponíveis noutros canais, nacionais e internacionais.
a programação do canal, renovada agora no começo do seu segundo ano, assenta em «três grandes vectores»: a actualidade cultural e de tendências, o humor e «opção por uma linha diversificada de talk-shows», desde os mais opinativos e ligeiros a outros de tom mais formal.
o q é o consolidar de toda uma estratégia assumida pelas produções fictícias desde o começo: «proporcionar às pessoas, aos criadores, meios para concretizar coisas», destaca nuno artur silva, admitindo que «quem dera» à produtora – «desde sempre uma pequena empresa independente» – ter «mais meios e maior dimensão» para alcançar outros objectivos.
lusa/sol