em comunicado, o organismo representativo dos trabalhadores dos ctt apelou aos funcionários para não caírem na «tentação de entregar documentos falsificados». «não se iludam. não terão a possibilidade de utilizar os meios de comunicação da empresa para se tentarem justificar, alegando que sempre estiveram convencidos de que, por exemplo, eram licenciados sem o serem e que irai pedir à escola, que frequentaram durante anos a fio, para esclarecer a situação. fiquem cientes», aconselhou, com sarcasmo, a comissão de trabalhadores, «de que a escola não vos vai atestar habilitações que não têm e, sobretudo, não tinham quando declaram tê-las».
recorde-se que marcos baptista auto-suspendeu-se do cargo de administrador dos ctt, e por arrasto da presidência de várias empresas subsidiárias dos correios, após ter sido confrontado pelo sol com as falsas informações que prestou ao banco de portugal, ao garantir que é «licenciado em economia» pelo instituto superior de economia e gestão (iseg). na realidade, baptista nunca completou a licenciatura daquela faculdade da universidade técnica de lisboa.
a informação de que seria licenciado pelo iseg consta de vários currículos oficiais publicados no diário da república e no site dos ctt, após ter sido nomeado por paulo campos como administrador desta empresa em 2005. ou seja, a informação curricular que levou paulo campos, secretário de estado das obras públicas com a tutela dos ctt, a nomear marcos baptista não é verdadeira.
desde sexta-feira passada que o sol está a tentar obter um comentário de campos. contudo, o n.º 2 do ministério das obras públicas recusa-se a dizer se vai exonerar marcos baptista.