quente
guilherme de oliveira martins
o tribunal de contas colocou o governo na ‘ordem’, explicando que é ao executivo que cabe decidir sobre o projecto do tgv. o governo, recorde-se, passara a ‘batata quente’ da indecisão em torno da ligação poceirão-caia para a instituição liderada por guilherme de oliveira martins, que ainda não deu visto prévio ao contrato. o país precisa de uma instituição credível nos tempos que se avizinham, em que o controlo dos dinheiros públicos é mais importante do que nunca.
rocha de matos
trêss décadas depois, jorge rocha de matos deixa a direcção da associação industrial portuguesa, ficando a liderar o conselho geral de uma das organizações que mais tem feito pelo associativismo empresarial do país. criticado por muitos por se eternizar nos destinos da associação, o comendador assistiu a mudanças profundas no país e no seu tecido empresarial. acessível e bem humorado, deixa marca na história empresarial da democracia portuguesa.
…&frio
antónio de sousa
o presidente da associação portuguesa de bancos emitiu um comunicado a ‘auto-desmentir-se’, depois de declarações suas sobre uma alegada imposição do bce junto dos bancos (para deixarem de comprar dívida pública portuguesa) terem feito notícia (desmentida por trichet) no financial times. é difícil de acreditar que antónio de sousa, prestigiado ex-banqueiro, tenha prestado falsas declarações. é mais fácil acreditar que, pressionado por frankfurt e pelo banco de portugal, tenha dado o dito por não dito. seja qual for o caso, é lamentável.
pedro passos coelho
o líder do psd colocou 27 perguntas a sócrates – com conhecimento da tróica de negociadores (bce/ue/fmi) – sobre assuntos como a dimensão do ‘buraco’ do bpn, a evolução do número de funcionários no estado e hospitais-empresa, entre outras. e fez depender das respostas a sua ‘colaboração’ na negociação para a vinda do fmi, o que revela um amadorismo indesejável de quem, provavelmente, chegará à liderança do governo. na semana em que levou ‘tampas’ de ferreira leite, marques mendes ou antónio capucho, passos deu outro tiro no pé. quando vai parar de o fazer?
ricardo.d.lopes@sol.pt
