a irmã apresenta esta noite o seu testemunho na vigília de oração que prepara a beatificação do papa polaco, marcada para domingo, numa intervenção previamente gravada e antecipadamente divulgada pela sala de imprensa da santa sé.
“há seis anos que não tomo medicamentos e depois da minha cura voltei a encontrar um ritmo normal”, diz a freira das irmãzinhas das maternidades católicas.
afetada pela doença desde 2001, então com 40 anos, marie simon-pierre explica que deixou de sentir sintomas “na noite de 2 para 3 de junho de 2005”, depois de uma novena de oração a joão paulo ii, pedindo “um milagre”.
uma cura mantida em segredo com a superiora da casa religiosa durante quatro dias, até que a 7 de junho a consulta de rotina no neurologista se transformou na constatação do “desaparecimento total dos sinais clínicos” do parkinson.
“é como um segundo nascimento, uma segunda vida”, acrescenta a religiosa francesa, para quem esta cura é também “uma bênção para a igreja e para o mundo”.
“é com grande emoção que aceitei dar o meu testemunho. fiquei profundamente tocada pelo facto de ter podido beneficiar desta graça da cura e por saber que ela contribuiu para a beatificação de joão paulo ii”, acrescenta.
para a beatificação exige-se o reconhecimento de um milagre atribuído à intercessão do fiel em causa, sendo necessário que a cura tenha acontecido de forma espontânea, completa, duradoura e inexplicável à luz da ciência actual.
bento xvi aprovou a 14 de janeiro a publicação do decreto que comprova o milagre atribuído à intercessão de joão paulo ii (1920-2005), concluindo assim o processo para a sua beatificação.