se começarmos por nos fixar no casual, é simples: traduz-se por ‘informal’. só que, no mundo ocidental, podemos dar por adquirido que a noção de roupa informal, num encontro social, é diferente num país varrido pela revolução de abril do que noutro que não o foi.
quem viveu esses tempos agitados do prec, lembra-se de que, consciente ou inconscientemente, a revolução chegou a eliminar a gravata do traje normal de trabalho, mesmo em serviços em que isso parece indispensável em todos os países ocidentais que não viveram a dita. de modo que, num convite que peça casual, ou informal, em portugal, o normal é ver as pessoas aparecerem descamisadas, talvez de ténis ou shorts, ou mesmo de chanatas se o calor apertar. já noutro sítio qualquer do ocidente, o informal implica um casaco desportivo nos homens (por exemplo, blazer) com gravata e uma toilette alegre e bonita nas mulheres.
no smart casual, embora por razões opostas, o conceito aproxima-se mais: é o casual estrangeiro (o tal blazer masculino e toilette alegre feminina), mas sem gravata nos homens – num país que não viveu o 25 de abril, porque se presume que aquele smart puxa a maior informalidade, embora sem perder o estilo. no nosso caso, porque reparámos ser assim lá fora, e porque não é possível descer ainda mais do informal. lá fora desce-se o nível, cá dentro sobe-se. e o resultado é o mesmo.
envie as suas dúvidas para: assuncao.cabral@sol.pt