Resultado Líquido

O plano de resgate a Portugal já aí está e, em breve, entrará nas nossas vidas, alterando-as de forma significativa nos próximos anos.

bens essenciais mais caros, menos rendimento disponível, menos ajudas públicas a famílias e empresas e menos estado na economia são as linhas mestre deste plano de ‘ataque’ que, se for bem implementado, não se limitará a mudar a vida dos portugueses: vai criar um novo portugal. um país mais disciplinado, com uma afectação de recursos públicos e privados mais eficiente e inteligente, com um estado mais leve e organizado. se a receita da troika avançar sem alterações, portugal passará a ser uma espécie de país nórdico no sul da europa.

na verdade, há pouca margem para alterações, seja qual for o governo que resultar das eleições de 5 de junho, porque nos próximos anos não seremos nós a comandar os nossos destinos. e, a avaliar pelo ponto a que chegámos, ainda bem, porque está provado que quem tem dirigido o país – de há muitos anos a esta parte – não tem capacidade de gestão, perspectiva, nem visão de futuro. pior: não tem respeito pelo dinheiro dos contribuintes que somos todos nós, cidadãos e empresas. quem nos tem governado segue a máxima «o último a sair que apague a luz».

o plano de ‘ataque’ da troika será a base dos programas eleitorais e, sobretudo, o road map da governação do país. a troika foi clara: o plano não seria tão duro se o país não tivesse demorado tanto tempo a pedir ajuda. agora vai ser a doer, mas não vale a pena chorar. resta-nos trabalhar. e temos todos obrigação de ser mais exigentes com quem comanda os nossos destinos. e connosco também!

ricardo.d.lopes@sol.pt