ao fim da manhã o local já não estava isolado pelas autoridades, as janelas estavam abertas e viam-se várias raparigas a conversar nas traseiras do estabelecimento.
“lá trabalhavam 10 ou 12 raparigas. romenas, brasileiras, espanholas… era multinacional, mas a proprietária, a rita, portuguesa, era só gerente”, contou à lusa um dos vizinhos da “hospedaria rita”, situada nesta vila do concelho de vila real s. antónio, e que prefere não se identificar.
segundo relataram à lusa vários residentes daquela localidade, uma das vítimas mortais chamava-se rita era a proprietária da casa.
“isto chegou a ter uma luz vermelha na frente”, observou um morador.
a outra vítima, segundo as mesmas fontes, era conhecida por joão paulo e tinha funções de ‘barman’ no mesmo estabelecimento.
de acordo com fonte da gnr, esta vítima mortal tinha funções de segurança na ‘hospedaria rita’.
o homem chegou a jogar nos infantis no lusitano vila real e tinha acabado de ser pai há oito meses, contou à lusa o dono de uma ourivesaria localizada junto à casa de alterne.
“ajuste de contas”, “dívidas”, “álcool conjugado com desentendimentos” podem ser os motivos do duplo homicídio, disse à lusa um rapaz que acabou de sair do café mais próximo da casa de alterne.
no café de onde saiu contam que o rapaz que matou rita e joão paulo já tinha estado na hospedaria outras vezes e provocou desacatos.
“ontem parece que queria entrar bêbado no estabelecimento e como não o deixaram entrar ele vinha preparado com uma arma”, acrescentou o jovem da vila nova de cacela, que também preferiu manter-se no anonimato.
os corpos foram removidos da ‘hospedaria rita’ cerca das 10:00 de hoje, uma operação que levou ao isolamento do local do crime e ao corte do trânsito na rua principal de vila nova de cacela, contou a guarda.
segundo a gnr, as vítimas foram atingidas com tiros de caçadeira.
o crime, que foi registado entre as três e quatro da manhã de hoje, está a ser investigado pela polícia judiciária (pj).
lusa/sol