o reiki, explicou à agência lusa o presidente da apr, joão magalhães, é uma «terapia complementar, algo feito após um diagnóstico, não é uma medicina».
«o que queremos demonstrar é que pode ser uma terapia complementar eficaz», afirmou, lembrando que os terapeutas de reiki incentivam sempre a que as pessoas sejam acompanhadas por médicos especialistas.
este «método terapêutico», que significa «energia universal», foi desenvolvido no japão no início do século xx.
«subentende-se que tudo é energia, que o homem tem energia e que esta pode ficar desequilibrada. o reiki trabalha ao nível da energia para a equilibrar, para ficarmos equilibrados, auxilia ao nível físico, mental e emocional», esclareceu joão magalhães.
o presidente da apr refere que esta terapia «tem sido bastante útil no caso de doentes oncológicos, de gestão do stress e em pessoas com depressões», já que «ajuda muito a acalmar, a relaxar e a passar a fase da dor».
«dá um bem-estar contínuo, enquanto as pessoas vão resolvendo o problema através do tratamento médico, porque o reiki de forma alguma substitui a medicina», disse.
a apr, revelou joão magalhães, tem projectos-piloto a decorrer em hospitais, privados e públicos, em centros de dia da cruz vermelha e em diversas associações de solidariedade social, como a instituição fraterna – centro comunitário de solidariedade e integração social, em guimarães.
o projecto, com crianças e adolescentes que têm entre os 9 e os 17 anos, começou há cerca de meio ano e os resultados têm sido «muito positivos».
«nota-se uma diferença muito grande nas crianças, estão muito mais calmas, serenas e atentas na escola», disse à lusa a terapeuta de reiki sílvia oliveira, responsável por este projecto.
convencer os pais a deixarem os filhos terem sessões de reiki foi fácil, através de uma abordagem «muito simples e directa numa sessão de esclarecimento».
ao verem os resultados que esta terapia teve nos filhos, alguns pais também já aderiram às sessões dadas por seis voluntários da atr e que decorrem ao ritmo de uma por semana.
entretanto, três dos adolescentes beneficiados por este projecto-piloto já tiveram formação, sendo agora eles a fazerem sessões com os mais novos.
sílvia oliveira é ainda responsável por um outro projecto em guimarães.
há cerca de seis meses, oito voluntários da apr começaram a fazer sessões de reiki com jovens da cerci (cooperativa de educação e reabilitação de cidadãos inadaptados) local, com resultados «extremamente positivos».
o 3.º fórum reiki e medicina decorre no sábado no palácio estefânia, em lisboa.
lusa/sol
