hoje assinala-se o dia mundial sem tabaco, que este ano sublinha a
importância da convenção quadro para controlo do tabaco, a vigorar
em portugal desde 2005. este foi o primeiro tratado internacional
sobre saúde pública.
proibir a venda de tabaco a menores e
acabar com a publicidade, a promoção e o patrocínio dos produtos
com tabaco são alguns dos compromissos que a convenção pede aos
países aderentes, tal como o aumento do preço dos cigarros para
reduzir o seu consumo.
o presidente da confederação
portuguesa de prevenção do tabagismo, luís rebelo, vê com bons
olhos o aumento do imposto sobre o tabaco, recomendado até pela
troika no recente memorando. «é uma boa notícia e uma medida muito
importante para dissuadir os potenciais fumadores, em especial os
jovens», afirma ao sol.
o constante aumento do preço dos
cigarros está já ter efeitos. na passada semana, o correio da
manhã noticiou que o estado tinha perdido 1,3 milhões de euros por
dia, entre janeiro e abril deste ano, com o imposto sobre o tabaco,
em comparação com o mesmo período do ano passado. e essa redução
do imposto arrecadado deve-se a uma quebra no consumo de tabaco.
para luís rebelo, o tratado da oms,
que incentiva exactamente o aumento do preço de um maço e já foi
ratificado por 170 países, com excepção dos estados unidos ou da
argentina, «é uma forma de salvar vidas tão eficaz como um
extintor ou uma bóia».
esta é, aliás, a ideia que se vê
representada no cartaz oficial daquela entidade para celebrar o dia
mundial sem tabaco.
para assinalar a data, a sociedade
portuguesa de pneumologia (spp) organiza rastreios a doenças
respiratórias no centro comercial norteshopping, no porto, e no ipo
de coimbra.
a campanha ‘fumou, perdeu’ leva os
fumadores a fazer contas aos custos com o tabagismo – esta é a
mensagem que a spp pretende passar, ao considerar o tabaco
prejudicial para a saúde e um mau investimento.
esta semana, os nova-iorquinos deixaram
de poder fumar em alguns espaços abertos. entrou em vigor a lei que
os proíbe de puxarem de um cigarro em parques, como o emblemático
central park, praias e até em times square.
joana.andrade@sol.pt