o duelo entre ambos os tenistas prometia. em campo estavam o segundo e terceiro classificados do ranking atp, e em discussão a passagem à final onde, sabiam, já se encontrava rafael nadal. para djokovic a presença na final era, de resto, aliciante, pois destronava automaticamente nadal como líder do ranking.
esta meia-final trouxe um primeiro set tremendamente disputado, com djokovic e federer a quebrarem sucessivamente os seus jogos de serviço.
o suíço aparentou um certo nervosismo nos primeiros pontos do encontro, onde permitiu a novak djokovic crescer no encontro e chegar à vantagem de 4-2. mas federer viria a crescer, conseguindo igualar o set em 5-5, perante um djokovic que se ria perante a adversidade. que viria a crescer depois quando, com 6-6 no marcador, a decisão do set inaugural foi levada para tie-break.
a história dos confrontos entre ambos os tenistas ditava que nos últimos 10 encontros o vencedor do primeiro set acabou sempre por conquistar o encontro e, porventura, esta realidade estaria na mente de ambos à entrada do tie-break.
seria roger federer a levar a melhor e a fechar o primeiro set em 7-6 a seu favor, após 1 hora e dez minutos de jogo.
djokovic a lutar e federer sempre a crescer
o segundo set começou como acabou o primeiro, com federer a vencer os seus dois primeiros jogos de serviço e a quebrar o de djokovic, alcançando rapidamente uma vantagem de 4-1 no marcador.
o tenista sérvio evidenciava por esta altura uma sucessão de erros não forçados pouco habitual, acusando talvez a pressão de saber que a vitória no encontro lhe poderia dar, pela primeira vez na sua carreira, a liderança mundial do ranking atp.
novak djokovic evitou o segundo break, ao recuperar para 4-2, mas federer voltaria a estender a vantagem para 5-2, ao assegurar o seu terceiro jogo de serviço do set. a desconcentração do sérvio era evidente, e no seu jogo de serviço seguinte cometeria até a primeira dupla falta do encontro.
o esforço e luta do tenista sérvio permitiram-lhe encurtar a desvantagem para 5-3, e tentava recuperar e quebrar o jogo de serviço de roger federer, que continuava a variar muito o seu jogo face às pancadas fortes e agressivas do sérvio que, apesar das abertas, revelava pouca confiança para subir à rede nos momentos em que podia fechar os pontos. roger federer acabaria por fechar o segundo set por 6-3.
a reacção tardia de djokovic
o sérvio terá acordado com a derrota, passados seis meses, de dois sets seguidos no mesmo encontro.
djokovic entrou forte no último set. vence o seu jogo de serviço, quebra logo a seguir o de federer, e volta a conquista o seu jogo de serviço, colocando-se a ganhar por 3-0. nem o público que enchia as bancadas do court central, e que apoiava efusivamente o suíço, impediu a reacção do sérvio neste que podia ser o seu set de despedida em roland garros.
a reacção ainda foi interrompida por federer, ao reduzir para 3-1, mas djokovic recuperou para 4-1, prosseguindo a sua recuperação até estabelecer a vitória no terceiro set por 6-3.
o quarto set chegou rapidamente a uma igualdade em 2-2, a partir da qual os tenistas começaram a arriscar, mas os riscos apenas se traduziram em nova igualdade: 4-4. a melhor preparação física de djokovic começava a notar-se, e conseguiu, finalmente, quebrar o serviço a federer e fazer o 5-4.
poucos depois, os «risos perante a adversidade» voltariam ao rosto do sérvio, ao sofrer um break de federer, que igualou o set em 5-5, colocando-se de seguida em vantagem (6-5). mas djokovic voltou a erguer-se, fazendo o 6-6 e forçando a partida a novo tie-break.
a pancada final
e aí, roger federer foi superior. o suíço fecharia o tie breck e o jogo, quebrando a onde vitoriosa de novak djokovic que durava desde janeiro. o sérvio vendeu cara a derrota, tão cara que só abandonou o court central de roland garros passadas mais de três horas e meia.
quanto à onda de vitórias, o sérvio volta ‘à estaca zero’ após 43 triunfos consecutivos, ficando apenas a três de quebrar o recorde absoluto de guillermo villas.