Até às 21h30, os militantes centristas presentes na sede do Largo Adelino Amaro da Costa despenderam mais energia a apupar rivais e aplaudir as suas declarações de derrota do que a festejar os resultados do próprio partido, que, visivelmente, ficaram abaixo das suas esperanças íntimas ou declaradas.
Ao fazer a primeira avaliação das projecções eleitorais, cerca das 20h20, Pedro Mota Soares – o único dirigente que desceu dos andares superiores onde está reunido o estado-maior do partido – havia baixado a fasquia das expectativas, mencionando apenas um previsível aumento de votos e deputados. Durante a campanha, Paulo Portas havia insistentemente anunciado como única meta contabilizável o CDS-PP «ter mais votos» (corrigido para «mais deputados» nos últimos dias) do que «a CDU e o Bloco de Esquerda juntos».