o primeiro, antigo presidente da fia, reclamou esta terça-feira que a introdução do grande prémio do bahrain no circuito mundial – após ter sido suspenso por duas vezes -, terá que ser acordado unanimemente por todas as equipas que compõem a fórmula 1, escreve o site autosport.com.
esta visão é secundada por bernie ecclestone, detentor dos direitos comerciais da modalidade, ao argumentar que a votação entre as equipas deveria ser repetida, com vista a esclarecer se a prova se realiza, ou não, na data proposta: 30 de outubro.
«da maneira que as coisas estão a acontecer, não sabemos o que vai ocorrer no futuro», rematou, segundo o jornal as, antes de defender que «o melhor é que a prova se dispute no final da temporada [em dezembro]».
ecclestone procurou esclarecer as incertezas: «se as coisas estiverem bem podemos realizar a prova sem problemas, se não estão, então a prova não se realizará». o dirigente propôs que a data da prova passasse para dezembro, de modo a conferir mais tempo à estabilização da situação no país e para evitar que o grande prémio da índia – inicialmente previsto para outubro -, não fosse movido para outra data.
as declarações de ambos os dirigentes surgem após a prova ter sido aprovada, depois de ter sido suspensa por duas vezes devido aos confrontos que assolam o bahrain, causados pelas tensões entre manifestantes anti-governo e as autoridades do regime.
a fia enviou inclusivamente um delegado, o seu vice-presidente carlos gracia, para averiguar as condições, junto com os organizadores da prova, para a realização do grande prémio. mas esta missão foi, inclusive, criticada por mosley.
para o ex-dirigente máximo da fia, o problema esteve no facto de gracia «não falar inglês [nem] árabe» e, portanto, «não teve real conhecimento do que se estava a passar e da qualidade de informação que lhe era transmitida», referiu, ao abordar o encontro do dirigente com vários membros do governo do bahrain, de organizações de direitos humanos e responsáveis pela organização da prova.
a controvérsia apontada por mosley e a repetição dos votos que apoia juntamente com ecclestone contrastam, porém, com a opinião do presidente da fia, jean todt. o gaulês apoia a realização da prova na data apontada (30 de outubro), e defende que «a decisão não foi feita levemente», pois foi originada por uma «acordo unânime» entre as equipas.
a par da controvérsia, a data anunciada pela fia para o grande prémio do bahrain mantém-se, por agora: 30 de outubro.