Momentos em tons de rosa

A Quinta do Gradil tem dado importantes passos na solidificação da imagem da zona do Vinho Regional de Lisboa.

quinta do gradil foi adquirida pelo empresário luís vieira em 1999, altura em que se começou a apostar na requalificação de toda a área agrícola, que ascende aos 200 hectares – 120 dos quais ocupados com vinha com uma idade média de sete anos. aí se plantaram castas tintas como o aragonês, alicante bouschet, touriga nacional, syrah, cabernet sauvignon, tannat, alfrocheiro e castelão que ocupam um total de 80 hectares. nas castas brancas estão plantadas fernão pires, arinto, sauvignon blanc, chardonnay, viosinho, verdelho, viognier e moscatel que ocupam os restantes 40 hectares.

os seus solos, com excelente exposição solar, são de natureza argilosa, com algumas manchas argilo-arenosas e é daqui que nos vem este quinta do gradil rosé touriga & syrah 2010. com uma cor rosada brilhante e aromas distintos, com predominância de frutos vermelhos (morango e framboesa) e bagas silvestres, tem um teor alcoólico de 13%. revela-se muito equilibrado na boca, tem uma acidez viva e fresca e proporciona um final de boca longo. é indicado como aperitivo ou para acompanhar pratos vegetarianos, sushi ou comida muito condimentada, como a chinesa, tailandesa ou indiana.

antónio ventura é o enólogo que o assinou e, como é norma na quinta do gradil, a produção está limitada a três mil garrafas por cada colheita. considerada uma das herdades mais antigas do município do cadaval – agora integrada no esforço conjunto de uma nova imagem da zona do vinho regional de lisboa –, a quinta do gradil exporta cerca de metade da sua produção, sendo a china o seu maior consumidor. mas o mapa das exportações alarga-se também a angola, canadá, frança, luxemburgo, alemanha e suíça. l

jose.moroso@sol.pt