hoje em dia, só há uma obrigação, a que todos estão atentos: a entrada da noiva na igreja pelo braço direito do pai, com as damas de honor atrás, em direcção ao noivo, que já os espera no altar.
isto é a prática actual. agora vamos aos antigos protocolos. nos antigos mesmo, como se pode ver por exemplo no tratado de civilidade e etiqueta da condessa de gensé, a primeira a entrar na igreja era a noiva, pelo braço do pai; a seguir o noivo, com a mãe; depois a mãe da noiva e o pai do noivo; e, finalmente, as damas de honor e os padrinhos. os assentos da esquerda eram reservados à família e convidados da noiva e os da direita aos do noivo.
evoluiu-se. como se vê em qualquer filme, ou em casamento ao vivo, o noivo hoje entra à frente, normalmente acompanhado pelos padrinhos, e fica junto ao altar à espera da noiva – que, em casos mais popularuchos, chega a esticar de forma indesculpável e incomensurável o atraso, mesmo para além de dez ou 15 minutos.
esta continua a aparecer pelo braço direito do pai, e normalmente com as damas de honor atrás, às vezes a cuidar da cauda do vestido. e a mãe da noiva, nas informalidades actuais, acompanha-a em todo o seu arranjo e até, pasme-se (!), nos seus atrasos. acaba por ser o anúncio da chegada da filha, ao entrar apressada e sozinha, logo à sua frente. de modo que seria uma maldade obrigar o pai do noivo a esperar por estes desmandos. seria ideal entrarem juntos, mas é cada vez mais impraticável.
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