os bancos alemães confirmaram hoje a sua contribuição como credores privados no financiamento alemão do segundo resgate da dívida grega, num anúncio oficializado pelo ministro da economia germânico, wolfgang schaeuble.
«os representantes da indústria financeira alemã disseram estar preparados para participar no segundo programa de ajuda para a grécia», revelou o membro do executivo, citado pela associated press, ao confirmar que os bancos privados do país vão constar no acordo europeu para o financiamento da dívida grega.
para o responsável pelas finanças germânicas, a participação dos bancos no financiamento da dívida «ajuda à estabilidade» na zona euro e da própria moeda, conta o el mundo.
a contribuição do sector privado alemão deverá rondar, escreve o el país, os 3,2 milhões de euros, entre o total de 10 mil milhões que se encontra associado à banca alemã. desses 10 mil milhões de euros, 55 por cento apenas vão começar a ser pagos pela grécia a partir de 2020.
a contribuição do sector privado na elaboração da tranche do pacote de ajuda competente à alemanha segue o modelo estruturado pela frança e oficializado há quatro dias.
o caso francês envolve, porém, uma maior fatia em termos de contribuição para o financiamento da dívida grega. a ligação dos bancos privados do país à dívida ronda os 53 mil milhões de euros, dos quais cerca de 50 por cento se saldará por empréstimos a 30 anos.
com as duas nações da ue mais empenhadas e participativas no resgate à crise grega, a aprovação do segundo pacote de ajuda financeira – marcada para domingo -, tem assim o caminho aberto para canalizar para a grécia novas tranches de ajuda económica.
aprovadas pela segunda vez as novas medidas de austeridade no parlamento grego, o caminho fica assim desbravado, tanto no contexto europeu como na grécia, para que seja formalizado o novo resgate à dívida grega após os o primeiro pacote avaliado em 110 mil milhões de euros.