o uso de luvas depende mais do tempo (frio ou calor) do que das horas (11 da manhã ou cinco da tarde). deixemos que o clima nos guie nesse aspecto. ou seja, preparemos as luvas para o inverno, num dia frio.
algumas avós lembrarão talvez que velhas tias suas, ou mesmo avós (já vou nas trisavós), usariam luvas leves, de seda ou cetim, talvez mesmo de renda, nalgumas festas de verão chiques, provavelmente casamentos também, ou nos velhos bailes de debute, desde que fossem mais em bonitas casas privadas do que em recintos públicos (como agora sucede na maioria dos casamentos). ainda haverá quem o faça, talvez com essa memória ancestral, passando de geração em geração. havia até uma regra dos antigos livros de etiqueta (de resto, hoje oportuna), que mandava não entrar em casa de ninguém de luvas calçadas, embora se admitisse voltar a pô-las em bailes, para dançar.
hoje, as luvas frescas, quase sempre de renda, sempre compridas, têm mais um papel de fetiche, em ambientes de alguma libertinagem e não num casamento de amigos.
digamos que o consensual é levar as luvas no inverno, e com frio. embora possa acontecer ver alguma senhora, entre o piroso e o kitsch, ostentar orgulhosamente luvas, a propósito e a despropósito. digamos que em situações excepcionalmente chiques, pode levar-se as luvas (nunca brancas) veraneantes. de qualquer modo, por questões de pura estética, desaconselham-se sempre em mulheres pequeninas de braço gordo. como em tudo, faz falta o estilo.
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