o coroar do sérvio como número um do ranking representa o fim de um ciclo co-partilhado, que roger federer e rafael nadal co-partilharam durante mais de sete anos.
se o suíço ocupou o ‘trono’ durante 286 semanas, nadal vinha a ocupar o lugar há já 56 semanas, no último dos seus dois ciclos na liderança desde que havia destronado o suíço do posto em junho de 2010.
no mesmo dia em que os americanos celebram o aniversário da sua independência, o ‘4th of july’ é recordado do lado europeu do atlântico como o dia em que um sérvio alcançou pela primeira vez a liderança do ranking atp, onde o recorde é detido, precisamente, por um estado-unidense de seu nome pete sampras, cujo reinado durou 286 semanas consecutivas, quase seis anos no topo.
o segredo do sucesso? «treinar todos os dias, ser dedicado, ser o tenista profissional», foi a fórmula confessada por djokovic, que lhe valeu «atingir um objectivo de vida e a realização de um sonho nos últimos três dias», acrescentou, citado pela bbc.
o sonho de infância culminou na conquista do seu torneio preferido. o sérvio partiu para a final com a felicidade e motivação de já ter garantida a liderança do ranking, mas faltava suplantar aquele que ainda era o melhor do mundo e o detentor do título de wimbledon.
«perdi porque estou a jogar contra o melhor jogador do momento», diria nadal após a final, ao reconhecer a superioridade do ‘djoker’, que venceu assim pela quinta vez o espanhol em 2011, num percurso manchado apenas pela derrota frente a federer, nas meias-finais de roland garros.
a onda vitoriosa salda-se, ao fim do primeiro semestre de 2011, por 48 vitórias em 49 encontros disputados, e não se ficará por aqui. quem o garante é o próprio novak djokovic, ao certificar os cépticos com a sua confiança: «foi para isto que nasci, quero ganhar mais grand slams e não vou, de certeza, parar por aqui».
caso a confiança do ‘djoker’ se confirme, talvez daqui a um ano nadal possa vir a concretizar um cenário que o próprio idealizou, mas não quererá cumprir. se não arranjar maneira de vencer o sérvio, voltará a wimbledon para explicar «a sexta derrota» contra djokovic.
fica a expectativa. o futuro mais próximo está o open dos eua, derradeiro grand slam da época, altura dos primeiros embates na agora tripartida rivalidade: djokovic-nadal-federer. as pancadas começam a partir de 29 de agosto.
veja os melhores momentos da final de wimbledon entre djokovic e nadal.