a decisão, que será formalizada na próxima segunda-feira, faz com que rubalcaba abandone o governo liderado por josé luis zapatero antes de ser anunciado como candidato oficial do partido socialista operário espanhol às próximas legislativas, escreve o diário el país.
o político socialista justificou a sua decisão com declarações, da sua autoria, que havia proferido em maio, quando garantiu o apoio do psoe às legislativas espanholas, ao sublinhar que quando o seu estatuto de candidato interferisse com as suas actuais funções, abdicaria do cargo.
assim o fez, ao declarar que «não [vai] estar em condições de dedicar ao governo todo o compromisso que exige», apesar de garantir, citado pelo el mundo, que «ainda não tinha existido qualquer incompatibilidade», embora acrescentasse que «o compromisso como candidato [às legislativas] dificultaria a [sua] tarefa no governo».
a decisão do antigo número dois do governo causou surpresa no parlamento espanhol e na opinião pública do país, mas rubalcaba sente-se «cómodo» como a sua decisão, pois, defende, «era o que tinha que fazer».
a demissão do vice-presidente do governo reatou as dúvidas quanto à eventual antecipação de eleições legislativas, algo que não foi abordado por rubalcaba durante as suas declarações.
neste contexto, o porta-voz demissionário do executivo remeteu qualquer eventual antecipação à «grande competência» do primeiro-ministro espanhol, josé luis zapatero, que vê assim o seu ‘braço-direito’ a abandonar o governo numa altura em que é alvo frequente de contestação por parte da oposição, com mariano rajoy, líder do partido popular, a encabeçar as críticas.