a nona corrida da época relevou os contributos da resiliência da equipa italiana. as avarias, despistes e desacertos técnicos tinham custado, até agora, uma desvantagem para outras equipas, com destaque para a renault e a mclaren-mercedes.
o ‘acordar’ da ferrari escolheu, de resto, a pista mais simbólica do circuito para o fazer. silverstone foi, em 1951, palco da primeira vitória do palmarés da escuderia italiana, algo que foi salientado pelo próprio presidente da ferrari, luca di montezemolo.
«ouvir o hino nacional italiano interpretado em silversone, no memo sítio onde conseguimos a nossa primeira vitória, é algo particularmente emotivo para mim», confessou, citado pela marca, no rescaldo da vitória e subida ao pódio de alonso.
a emoção cai quando na memória constam os desacertos com que a ferrari tem pautado a sua época. ao terceiro lugar de fernando alonso na classificação ao fim de nove corridas, junta-se outro fecho do pódio na classificação de construtores.
se é verdade que restam ainda dez provas para o final da temporada, não deixa de ser considerável o tempo que a ferrari demorou a revelar acerto. «a ferrari nunca deixa de lutar», frisou o seu presidente, mas a luta, esta época, poderá ter começado a dar frutos tarde demais.
as duas mãos cheias de corridas que faltam disputar até novembro podem trazer diversas alterações às classificações, mas a ferrari terá que provar que o sucesso no reino unido pode ser repetido nas restantes corridas, de modo a conseguir ombrear com sebastian vettel (ganhou seis das nove corridas disputadas em 2011) e mark webber, ambos da renault, os dois adversários directos de alonso até ao momento.
mas o espanhol tem igualmente que se preocupar com lewis hamilton e jenson button, os britânicos da mclaren-mercedes que estão apenas três pontos atrás do piloto espanhol.
a prova de fogo será entre 29 e 31 de julho, no grande prémio da hungria, onde se verá se a ferrari consegue manter o ritmo e lançar definitivamente uma um ataque à conquista do mundial de fórmula 1.
