o envio de emissários por parte de líbia tem visado apenas o estabelecimento de contactos, mas alain juppe considera ser para breve o início de negociações concretas para a saída do poder de kadhafi.
«o regime líbio está a enviar mensageiros para todo o lado, para turquia, nova iorque e paris, para discutirem a saída do general kadhafi. [mas] são apenas contactos, não há negociações ainda nesta fase», declarou, citado pela bbc, erguendo assim novas perspectivas para o fim de mais de quatro décadas de ditadura sob o comando de muammar kadhafi.
a visão veiculada por juppe é apoiada pelo primeiro-ministro gaulês, françois fillon, que atirou que «uma solução política [para a líbia] é mais indispensável que nunca» e, prosseguiu, «já começa a tomar forma». a saída de kadhafi do poder é, de resto, tida como uma prioridade para o presidente francês nicolas sarkozy, ressalva o daily telegraph.
o consenso que reina entre as hostes políticas francesas sobre a saída do ditador líbio parece estar a estender-se às restantes nações europeias, algo que alain juppe fez questão de destacar: «há um consenso em termos de como acabar a crise, que passam pelo abandono do poder de kadhafi».
as dúvidas que «há dois ou três meses» impediam um acordo unânime entre os países ligados à intervenção da nato na líbia estão ultrapassadas, restando agora apenas a questão de «como e quando» muammar kadhafi sairá do poder, explicou.
o tema da intervenção na líbia e a sua problemática têm vindo a ressurgir entre a classe política e opinião pública francesa, acima de tudo pelos custos que a participação na ofensiva tem implicado para os cofres gauleses.
segundo informações divulgadas esta terça-feira pelo diário le figaro, a intervenção na líbia custa cerca de um milhão por dia ao exército francês o que, nos últimos três meses (a intervenção coordenado pela nato teve início a 19 de março), culminou num total de 100 milhões de euros.