Cantona explica o porquê do United ser melhor que o City

Antigas lendas costumam ver nas suas palavras uma repercussão junto da estrutura e adeptos do clube no qual fizeram carreira. Desta feita, Eric Cantona, francês que se tornou glória em apenas cinco épocas no Manchester United, optou por criticar o grande rival da cidade, o Manchester City.

fora dos relvados e de botas penduradas há já mais de dez anos, o antigo avançado francês integrou recentemente o projecto para reanimar o new york cosmos, clube norte-americano que nos anos 70 era o palco escolhido pelas estrelas europeus para darem uns últimos toques na bola antes da reforma.

hoje director desportivo na nova estrutura que espera devolver o clube à major league soccer (mls) dos eua, eric cantona foi questionado durante uma conferência de imprensa, escreve o daily telegraph, sobre a rivalidade entre os ‘red devils’ e os ‘citizens’. e as suas palavras foram, como sempre, no mínimo mordazes.

«o ‘united’ é a melhor equipa, e o ‘city’ é o contrário. é uma equipa que gasta milhões para comprar jogadores e construir uma equipa, mas nunca serão tão fortes como o manchester, que tem sucesso desde sempre», sublinhou o jogador que, ao serviço dos ‘red devils’ nunca perdeu uma partida frente aos ‘citizens’.

ainda de baterias apontadas ao manchester city, o antigo avançado francês criticou os seus jogadores para «se deixarem de queixar da vida na cidade». de acordo com o the independent, o ex-internacional francês abordou as queixas que tanto carlos tévez como mario balotelli têm dirigido à vida na cidade.

«no meu tempo, o mais importante para mim era jogar pelo melhor clube do mundo com alguns dos melhores jogadores do mundo. e isso é o mais importante quando se é um jogador profissional», frisou.

outro dos temas das perguntas foi alex ferguson, treinador do manchester united há mais de 20 anos.

questionado sobre se gostaria de um dia treinar os ‘red devils’, cantona referiu, para gáudio dos presentes: «se calhar eu morro antes do alex ferguson, e talvez ele fique no banco [de suplentes] para sempre».

a conferência de imprensa aconteceu, diga-se, integrada na preparação do encontro de homenagem a paul scholes, antigo médio dos ‘red devils’ que se reformou na época passada, num evento que vai opôr a actual equipa do manchester united contra um new york cosmos composto por uma mescla entre jovens da cantera norte-americana e antigas glórias do futebol mundial.

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