após o cenário violento de quinta-feira que constituiu a página mais grave nos quase três meses de protesto do movimento 15-m em madrid, milhares de manifestantes marcharam, de forma pacífica, e voltaram a ocupar a história praça da capital espanhola, destaca o el país, desta feita sob o olhar atento, mas não interventivo, das autoridades.
ao tom habitual de protesto juntou-se desta feita um cariz de tributo aos feridos da violência de quinta-feira. esta ‘nova faceta’ foi demarcada com a passagem da marcha pelo edifício do ministério do interior espanhol – local onde foram executadas as cargas policiais. tudo perante (apenas) o olhar atendo de 15 esquadrões policiais destacadas para o local.
aí, os manifestantes gritaram insultos e provocações dirigidas aos polícias, que agora apenas assistiam, serenos, à passagem da marcha de protesto.
o governo levantou o cerco mas não a interdição, ao anunciar que manterá a proibição de acampar nas puertas del sol. contudo, ao chegarem à praça madrilena, os milhares de manifestantes montaram uma assembleia onde discutiram a possibilidade de voltar a erguer um acampamento no local que serviu de génese para o movimento 15-m, adianta a edição online do diário espanhol publico .
assembleia à parte, a ‘reconquista’ das puertas del sol motivou gritos eufóricos entre a multidão, que entoava frases como «o 15-m está vivo!» ou «vergonha!», este dirigido às autoridades.
para este sábado, os manifestantes voltaram a marcar uma assembleia para as 22 horas (21 horas portuguesas), onde, informa o abc, será novamente discutida a possibilidade de erguer um acampamento na simbólica praça da causa do 15-m.