o terceiro dia consecutivo de violência em londres trouxe um incremento exponencial de violência: edifícios a arder, montras vandalizadas, carros incinerados, actos que, apesar de já verificados nos dois dias anteriores, aumentaram em número e alastraram-se para outras cidades do país.
as manchetes que enchem a imprensa britânica são secundadas por outro alerta, incidente sobre o perigo que os acontecimentos recentes representam para os jogos olímpicos de 2012 de londres.
fotogaleria: as chamas e violência que ‘pintaram’ os últimos três dias em londres.
ainda para mais, quando para esta terça-feira estava agendado um evento de teste, que consistia em várias partidas de voleibol num campo montado no centro da cidade, descreve o daily telegraph.
perto da residência oficial do primeiro-ministro david cameron – n.º 10 de downing street -, e a escassos quilómetros de alguns bairros que têm sido o epicentro da violência, está montado um campo de voleibol na horse guards, no bairro de stratford, tipicamente encarado como o bairro administrativo de londres.
darryl seibel, director de comunicação do boa, foi dos primeiros a desdramatizar o risco que a violência londrina poderá colocar à realização dos jogos. «[a violência] é um reflexo do mundo no qual vivemos hoje em dia», frisou, citado pela sky sports, antes de voltar a reiterar que «não é um reflexo de londres, é um reflexo do mundo actual».
à voz que representa a organização ‘interna’ dos jogos olímpicos não demorou a juntar-se outra do comité olímpico internacional (coi), que, por via de um comunicado, declarou a «segurança como uma prioridade de topo», remetendo, porém, as responsabilidades para «as autoridades locais», que farão o «mais apropriado» para lidar com a situação.
as mais de 2 mil toneladas de areia depositas no campo artificial montado no centro de londres tinham como objectivo, para esta terça-feira, a realização de vários exercícios e testes a aspectos como a cobertura televisiva ou à acreditação, aponta o the guardian.
o evento serve igualmente para a visita dos representantes das mais de 20 nações que participarão na prova específico de voleibol, que manifestaram também as suas preocupações em relação ao tema da segurança do evento.
mas, apesar de preocupados, países como a argentina ou o mali revelaram, através dos seus representantes, que «não estão preocupados» com a segurança durante os jogos, pois defendem que os actos de violência e vandalismo «não estão relacionados com os jogos olímpicos».
numa altura em que resta menos de um ano para a cerimónia de abertura dos jogos olímpicos de londres (julho de 2012), os três dias de violência na capital inglesas fizeram assim soar os alarmes da segurança da mais antiga competição desportiva do mundo.