Roberto

Cedo se percebeu que Roberto não era jogador para uma equipa que se propunha revalidar o título nacional. Por teimosia, Jorge Jesus manteve-o quase sempre como titular e os pontos que o guarda-redes deu a perder, ainda cedo no campeonato, colocaram o Benfica ‘fora de jogo’ perante um FC Porto endiabrado.

hoje, com a nova época à porta, roberto regressa à casa onde foi feliz. se o destino é o mais lógico – em janeiro de 2010 juntou-se ao plantel do saragoça para ajudar decisivamente os aragoneses a escaparem à despromoção –, já não o é o montante envolvido.

o negócio poderá ter sido feito sob a mais pura das legalidades, mas o episódio da venda de roberto – pelas verbas que não correspondem, nem de longe, ao valor do jogador – veio ajudar a carregar o tom negro de que também é vestido o futebol.

pedro.p.fonseca@sol.pt