portugal decidiu o rumo do resultado bem cedo no encontro. logo aos sete minutos, o avançado nélson oliveira converteu uma grande penalidade cometida sobre cédric soares. a equipa das ‘quinas’ inaugurava assim o marcador no primeiro lance em que se aproximou da baliza guatemalense.
perante uma equipa que sofreu 12 golos nos dois primeiros encontros realizados na fase de grupos, muitos esperariam que portugal avolumasse o resultado. contudo, tal esteve longe de acontecer.
a selecção portuguesa deixou-se adormecer pela vantagem madrugadora, e com ela foi a qualidade de jogo. a posse de bola resultava invariavelmente em passes para a retaguarda, e o meio campo luso revelou uma incapacidade em construir jogadas de ataque consistentes.
só nélson oliveira, de modo esporádico, vinha atrás buscar jogo para partir em arrancadas que, porém, não surtiam efeitos práticos. a par da ‘dormência’ do jogo português, os jogadores iam desperdiçando as eventuais oportunidades de golo que iam surgindo.
com isto, a guatemala ia ganhando confiança. composta por jogadores amadores e com vários a alinhar em campeonatos universitários nos eua, ânimo dos guatemalenses crescia à medida que iam constatando a falta de inspiração e intensidade portuguesas.
nos últimos 10 minutos da partida, os remates à baliza lusa sucediam-se, com portugal a limitar-se a defender frente a uma selecção que, no balanço da competição, sofreu 12 golos contra apenas um marcado. e essa dúzia de golos sofridos foram ‘encaixados’ frente a selecções como a nigéria e a arábia saudita.
portugal irá agora enfrentar a argentina, dos craques iturbe e erik lamela, nos quartos de final. curioso o facto de ambas as selecções terem superado os ‘oitavos’ só com golos de penalty. a argentina venceu o egipto por 2-0, com ambos os golos a serem convertidos por lamela a partir da marca dos 11 metros.
certo é que portugal superar, em muito, a prestação que teve frente à guatemala para conseguir vencer a argentina, uma das crónicas favoritas à conquista da prova.