ao que o sol apurou, edmundo martinho era um dos nomes que se poderia manter, nos organismos sob a tutela do ministério da solidariedade e segurança social. mas o dirigente – com uma carreira muito ligada à aplicação do rendimento mínimo (rsi) – quis sair.
a candidatura ao observatório em genebra é anterior às eleições, mas à decisão de edmundo martinho não é alheia a política defendida pelo cds quanto ao rendimento social de inserção. há anos que os centristas carregam nas críticas e defendem alterações ao rsi, nomeadamente a diminuição das verbas afectas a este subsídio, que paulo portas já qualificou como um «financiamento à preguiça».
martinho tem declarações públicas com uma visão bem diferente daquela que o cds defende. diz, por exemplo, que o rsi «é um pilar essencial de políticas inclusivas e do nosso sistema de protecção social».
martinho foi coordenador do gabinete técnico de apoio à comissão nacional do rendimento mínimo, entre 1996 (ano da criação do subsídio. no primeiro governo de guterres) e 1997. no final desse ano, assumiu a presidência da comissão, que ocupou até 2002. desde 2005 que presidia ao iss.