Quente&Frio

Quem está ao QUENTE e quem está FRIO. A semana vista por Ricardo David Lopes.

QUENTE

Pedro Gonçalves

O CEO da Soares da Costa sairá da empresa com ‘chave de ouro’, na próxima semana, cumprido que está um dos mais importantes desígnios do Plano Estratégico da construtora: a entrada num novo mercado, neste caso o Brasil, para diversificar receitas e reduzir riscos operacionais. Pedro Gonçalves geriu a Soares da Costa com discrição mas eficácia e visão, provando estar perfeitamente apto para outros voos e maiores desafios que, certamente, serão conhecidos em breve.

Carlos Moedas

O ‘Homem da troika’ em Portugal estreou-se esta semana na comissão de acompanhamento das medidas impostas pela ajuda internacional. Ainda que não tenha feito nenhuma revelação extaordinária, mostrou-se à vontade e foi claro perante os deputados na explicação da metodologia de avaliação das medidas, e prometeu transparência quando as perguntas dos parlamentares chegarem a São Bento, onde trabalha paredes-meias com o primeiro-ministro. Parece ser uma das boas ‘moedas’ neste Governo.

FRIO

Steve Jobs

Voltou à Apple nos anos 90, depois de ter saído (em conflito) da empresa que ajudar a fundar e, em menos de duas décadas, transformou-a numa das mais valiosas do Mundo. O ‘patrão’ da tecnológica que produz os gadgets mais desejados (e copiados) entra agora numa nova fase, afastando-se da Apple para se dedicar quase em exclusivo à maior batalha da sua vida: a sobrevivência. Foi, é e (deseja-se) será um exemplo de tenacidade, criatividade e visão. Uma lição de gestão e de vida.

Alberto João Jardim

Os desmandos do presidente do governo madeirense não têm, definitivamente, limites. A trapalhada em torno da dívida da Região – com o anúncio de um acordo com o Governo que, a existir, parece não ter chegado ao Terreiro do Paço – é mais um episódio do mais inimputável dos políticos portugueses, que gere a Madeira como se fosse sua. Não há dúvida que desenvolveu o arquipélago, mas ninguém tem que lhe agradecer por isso: é para isso que os políticos são pagos, mal ou bem, pelos impostos.

ricardo.d.lopes@sol.pt