QUENTE
Pedro Mota Soares
O Ministro da Solidariedade e Segurança Social anunciou esta semana que vai reduzir em 25% as chefias do seu Ministério, poupando seis milhões de euros por ano. Logo no início do mandato, recorde-se, Mota Soares anunciara que não ia nomear 18 subdirectores da Segurança Social, impedindo custos de 1,1 milhões. O ‘ministro da Vespa’ é um dos que parece mais empenhado em poupar dinheiro aos contribuintes, depois de ter anunciado um Plano de Emergência Social que pode fazer a diferença na vida de milhares de pessoas. Um exemplo a seguir e que, provavelmente, seria dado mesmo sem a pressão da troika.
Pedro Teixeira Duarte
Apresentou fortes prejuízos no primeiro semestre, dando razão a quem defende que algumas aventuras ‘bolsistas’ (sobretudo na área da banca) só prejudicam os resultados de quem se desvia do core business. Ainda assim, o EBITDA da Teixeira Duarte melhorou, o que é positivo, tal como o anúncio de que a construtora ganhou uma obra de 275 milhões de euros na Venezuela. O ano não se afigura fácil para o sector da construção, sobretudo em Portugal (e na Europa), pelo que a diversificação geográfica é a melhor estratégia e o melhor passaporte para o futuro.
&FRIO
Álvaro Santos Pereira
O passe social+ foi apresentado antes do fim do mês, como prometido, mas soube a pouco. Soube a pouco, desde logo, porque exclui milhões de utentes para quem o desconto seria importante. E soube a pouco, ainda, porque o ministro não explicou, como devia, o impacto que a medida vai ter nas mais do que falidas empresas públicas de transportes. A pressão pública e política tem destas coisas. Veremos se a implementação não vai ser, também, atabalhoada.
Cavaco Silva
O Presidente da República não resiste a opinar sobre matérias exclusivas da governação, talvez por ter um perfil de executivo. Opinou sobre a eventual limitação da dívida na Constituição (no Facebook…), o que, ainda assim, se entende: é uma espécie de guardião do texto fundamental. E opinou sobre os impostos sobre os ricos, defendendo a recuperação do imposto sobre as sucessões e doações, que foi (e bem) enterrado pelo Executivo de Durão Barroso. Herdar não deve ser um castigo, ainda que noutros países o seja (injustamente).
ricardo.d.lopes@sol.pt