Em tempo de novas colheitas um clássico

O Grupo Bacalhoa já começou as suas vindimas, mas enquanto não chegam os novos tintos há tempo para revisitar e beber este notável Quinta do Carmo.

apanha das uvas já arrancou em várias das quintas do grupo bacalhoa e, segundo o seu coordenador de enologia, vasco penha garcia, «a maioria das adegas já estão a funcionar a todo o vapor».

com vinhas em oito regiões vitivinícolas diferentes e a produzir quatro tipos de vinho, esta é uma das fases cruciais da produção. aos enólogos cabe decidir quando é que se deve verificar a apanha das uvas, segundo as características climáticas de cada região e de acordo com o tipo de vinho. regra geral, as primeiras uvas a serem vindimadas são as destinadas aos vinhos espumantes, seguindo-se as uvas para os brancos, tintos e, por último, para os fortificados, caso do moscatel de setúbal.

depois de uma primavera chuvosa e relativamente quente – o que permitiu um bom desenvolvimento vegetativo – e de um mês de julho seco e com temperaturas amenas, permitindo um início de maturação das uvas equilibrado, as vindimas foram antecipadas, em média, uma a duas semanas.

no caso da alentejana quinta do carmo a vindima para a produção de vinho branco iniciou-se a 17 de agosto, seguindo-se depois a produção de tintos.

mas antes que a nova colheita chegue às nossas mesas, prove-se (e guarde-se na memória) este espantoso quinta do carmo reserva 2007, com um teor alcoólico de 14,5%. recorde-se que este elegante e complexo vinho é apenas produzido em anos de qualidade excepcional. l

jose.moroso@sol.pt