‘depois da tempestade vem a bonança’, terão pensado os adeptos, quando tévez anunciou a sua permanência no clube após os rumores da sua saída durante o mercado de transferência de verão. mas à bonança poderá seguir-se agora nova tempestade, motivada pela polémica que o capitão dos ‘citizens’ espoletou em munique.
os ‘citizens’ perdiam por dois golos sem resposta e estavam a rubricar uma exibição que em nada condizia com a expectativas geradas por adeptos e imprensa. o seu treinador, roberto mancini, chegou mesmo colocar o trinco nigel de jong em jogo para evitar que o resultado se avolumasse.
mas os problemas não ficariam por aqui. logo após a entrada do internacional holandês, mancini deu ordens para que carlos tévez iniciasse o aquecimento para depois entrar em campo. e, alegadamente, o internacional argentino – e capitão de equipa -, ter-se-á recusado a entrar em campo.
na conferência de imprensa pós-jogo, o treinador mostrou a sua indignação, escreve o daily telegraph. «não posso aceitar este comportamento do tévez, sou eu quem decide as substituições, não ele», criticou.
a resposta de tévez não tardou. ao aspecto despreocupado com que abandonou o relvado em direcção aos balneários, o argentino revelou esta quarta-feira um comunicado onde desmente o que as câmaras parecem confirmar. «houve alguma confusão no banco e acredito que a minha posição tenha sido mal interpretada», atirou. «mas nunca me recusei a jogar», frisou depois.
entre as palavras, tévez procurou igualmente refúgio entre o carinho que os adeptos ‘citizens’ manifestam em relação ao avançado argentino. «quero pedir desculpa aos adeptos do manchester city, com quem sempre tive uma relação forte, por qualquer desentendimento que tenha ocorrido em munique», pois, defende, os adeptos «percebem que sempre [deu] o máximo pelo clube».
as palavras do argentino referiam-se ao seu desempenho dentro de campo, num relvado ao qual, após a copa américa e durante a pré-época, disse não querer voltar por não gostar da vida em manchester.
entretanto, o avançado mudou de ideias, para gáudio dos adeptos. mas a bonança durou menos de um mês, e bastou uma viagem até munique para fazer pairar uma iminente tempestade da relação do argentino com os ‘citizens’.