o episódio protagonizado por carlos tévez durante a derrota (2-0) do manchester city, em munique, frente ao bayern, tem vindo a aumentar nas repercussões causadas. a sucessão de reacções será mais fácil de expor, porventura, de forma cronológica.
terça-feira: fim do jogo em munique e roberto mancini, técnico do manchester city, critica abertamente o avançado, e capitão de equipa, pela sua alegada recusa em entrar em campo. horas depois, a segurança é reforçada no aeroporto de manchester, com receio de eventuais represálias por partes dos adeptos ‘citizens’.
chegamos a quarta-feira. o jogador emite um comunicado onde nega ter-se recusado a entrar em campo na partida da liga dos campeões e tenta ainda reconquistar os adeptos, pedindo-lhes desculpa e apelando à memória dos tempos em que era um jogador livre de polémicas no clube.
até que hoje, quinta-feira, as reacções ao caso sobem de tom. andy savage, editor do site oficial do manchester city, diz ao daily telegraph que os resultados de uma sondagem publicada no site são conclusivos. cerca de 90 por cento dos adeptos que responderam à sondagem querem que «o clube deixe apodrecer tévez». esta era uma das três hipóteses de resposta, a par de «despedi-lo» e «outro».
«todos os adeptos com quem falei disseram que o clube deveria livrar-se dele», revelou, de forma contundente, andy savage. o responsável do clube deixou ainda uma sugestão para o que deveria ter sido feito ainda durante a partida de terça-feira.
«se eu fosse o roberto mancini, naquela altura, tinha dito ao quarto árbitro que levantasse a placa de substituições com o número de tévez no momento em que o samir nasri ia ser substituído», sugeriu, explicando depois: «se o tivesse feito, tinha encurralado o tévez perante o mundo inteiro».
ecos da polémica chegam à fifa
esta sugestão seria mais exequível do que aquela atirada pelo vice-presidente da fifa, jim joyce. o dirigente defende que o internacional argentino deveria ser banido do futebol caso se confirme a sua recusa em entrar em campo frente ao bayern de munique.
as palavras de joyce não deixam margem para dúvidas. «acredito que a fifa devia ter o poder de impedir o jogador de ter um papel activo no futebol», defendeu.
as críticas não pararam por aí, com o responsável do organismo que tutela o futebol internacional a abordar o período após a eventual (e agora previsível) saída de carlos tévez do manchester city. «não sei se seria certo ele ir para outro clube receber uma quantia considerável de dinheiro na semana seguinte», frisou.
à medida que a polémica parece vir a crescer e a ser alimentada um pouco por todo o lado, resta a questão de saber que clube estará disposto a pagar os quase 25 milhões de euros que os ‘citizens’ deverão exigir pelo seu passe.