pedro pedro apresentou a mais bem conseguida colecção do dia, continuando a provar a consistência e maturidade do seu trabalho. com o tema equus, o designer recuperou motivos heráldicos como os cavalos, brasões e cenas de guerra e daí partiu para inúmeros exercícios de padronização. com cortes depurados e acabamentos delicados, a colecção oscila entre o extremamente feminino e algumas peças mais desportivas.
antes, no arranque do dia, a dupla eleutério e mia, d’os burgueses, estrearam o espaço lab, nos paços do concelho, com uma colecção que a dupla descreve como uma «viagem à herança familiar» e um «encontro entre os filmes clássicos e a ficção científica», em tons suaves de rosa, cinza, lilás e branco.
alexandra moura inspirou-se no livro ‘animalário universal – fabuloso almanaque da fauna mundial’, um obra de ilustrações de animais que permite brincar e criar diferentes animais, combinando as várias ilustrações. o resultado é uma colecção que brinca com os conceitos de organização e desorganização, com alguma peças visualmente interessantes, mas que pecou por demasiado longa.
a designer maria gambina voltou a recorrer ao universo musical como ponto de partida para a sua colecção. desta feita foi o álbum de ned doheny, hard candy, a servir de inspiração. apesar dos tons fortes e apelativos, faltou solidez na totalidade das propostas e ficaram as saudades de colecções passadas da criadora.
a fechar o dia, a dupla manuel alves e josé manuel gonçalves reuniu na plateia as figuras públicas que costumam acompanhar o seu trabalho – como ana marques e rita ferro rodrigues. na passerelle mostraram uma paleta de cores fresca e marcante, com o rosa forte a destacar-se. as silhuetas oscilaram entre o cintado e o oversized e esvoaçante. difícil de entender foram as aplicações em plástico que pouco, ou nenhum, sentido fizeram na maioria das peças.
amanhã os desfiles começam às 18 horas nos paços do concelho com o lab v!tor e prosseguem no páteo da galé com ricardo preto, luís buchinho, ana salazar e a marca brasileira cia marítima.
