Os organizadores querem instalar-se com tendas e cartazes no núcleo da City e «desafiar o poder detido pelo sector financeiro e o sistema que o regula e que estão a falhar em relação aos interesses das pessoas por todo o Reino Unido».
O local escolhido foi a Paternoster Square, junto à catedral de São Paulo, onde o Banco Espírito Santo tem escritórios, e onde a Bolsa de Londres se instalou em 2004.
Além do Ocupem Wall Street, nos EUA, o protesto é inspirado por outros movimentos em outras partes do mundo, nomeadamente pelos «indignados» em Espanha, as greves e protestos dos estudantes e trabalhadores na Grécia e os levantamentos populares no Médio Oriente, assim como a manifestação de 12 Março em Lisboa.
A principal semelhança está no modelo de assembleias públicas: Tomar decisões por se considerar que é uma forma de democracia directa e por criar um espaço para debate a quem queira intervir.
A primeira assembleia-geral decorreu no domingo, durante uma acção de protesto contra as reformas do governo na Saúde na ponte de Westminster, perto do Parlamento.
De acordo com os organizadores, que comunicam sobretudo nas redes sociais da Internet, participaram cerca de 400 pessoas.
A ocupação pacífica pretende voltar a repetir estas assembleias para ouvir queixas, sugestões e potenciais soluções e realizar debates
Houve discórdia sobre se a intenção é perturbar o funcionamento da City mas, se o objectivo é permanecer oito semanas, até 12 de Dezembro, inevitavelmente acontecerá.
Mais de 3.500 pessoas já se comprometeram na página criada no Facebook a participar e têm o apoio do grupo de acção directa UK Uncut, do grupo londrino do movimento espanhol 15M e do Dia de Acção Global da Rede de Assembleias Populares.
Os organizadores do OccupyLSX consideram-se um «movimento de protesto conduzido pelas pessoas contra a injustiça social e económica» no país e elegem como referência «a maioria esmagadora que valoriza as pessoas sobre o lucro».
«Queremos fazer ouvir as nossas vozes contra a ganância e a corrupção e a favor de uma sociedade democrática e justa», afirmou Kai Wargalla, do mesmo movimento.
Lusa/SOL