[sapovideo:gd29zfkd6yeftktsldwa]
depois de ter andado a viajar por portugal a divertir plateias de norte a sul – e de uma passagem por luanda – herman chega agora a lisboa, com um espectáculo único que sobe ao palco do tivoli – onde actuou em 2008 – sábado, 15 de outubro. em regresso ao_tivoli o humorista revisita personagens carismáticas da sua carreira, como maximiana e serafim saudade.
no entanto, assegura herman ao sol, as personagens são apenas pretextos e complementos. «o sumo do espectáculo é a ideia de navegar por uma quantidade de temas e acontecimentos, muitos deles reais, acompanhado de quatro músicos de excepção. eu também toco. há momentos musicais muito fortes».
além das personagens de ficção, há também muitas coisas vividas por herman ao longo do espectáculo. «muito do que uso é autobiográfico, o que dá um paladar especial à coisa, que acaba por não ser só ficção». muitas destas histórias e personagens estão, porém, bastante exageradas. «a caricatura é isso mesmo: é pôr o nariz muito grande, aumentar a boca, pôr os dentes de fora. algumas [das histórias] ficaram maiores do que a própria vida».
o regresso ao palco lisboeta não podia entusiasmar mais o humorista. é que em 2008, quando herman conquistou a plateia do tivoli, estava a voltar à estrada, após muitos anos de ausência. «estava a apalpar terreno. agora regresso depois de três anos pela diáspora a fazer centenas de espectáculos. vai ser um momento inesquecível», garante, feliz. «quase que devia pagar pelo prazer que sinto em fazer o espectáculo».
apesar de andar há tanto tempo na estrada, a ponto, de, como diz, já ter groupies que assistem, uma e outra vez, aos espectáculos que vai dando, herman garante que nunca se repete. «tenho seis ou sete horas de material que vou usando consoante o público e a minha vontade de me divertir a mim próprio. estou sempre no limite de eu próprio me desmanchar [a rir] com as coisas que estou a fazer. isso é que dá interesse ao espectáculo e que faz com que ele seja como as impressões digitais: é irrepetível».