Conquista do Mundial como antídoto para a tragédia [fotos

Os neo-zelandeses invadiram as ruas para celebrar a conquista do Mundial de Râguebi. Os ‘all blacks’ não venciam o título desde 1987, ano da primeira edição da prova. De 1987 até 2011 são 24 anos, o tempo de jejum que a nação-rainha do râguebi mundial teve que aguardar para voltar a festejar. Mas poucos foram…

pelas 9 horas da manhã portuguesas entravam em campo a frança e nova zelândia para a final do mundial de râguebi. o simbolismo era gritante: 24 anos depois da primeira e, até então, única conquista, as duas nações reeditavam a final. a atmosfera no relvado e nas bancadas não desiludiu. ao tradicional grito ‘haka’ neo-zelandês, responderam os franceses ao avançarem, formados com o v de vitória, sobre os ‘all blacks’.

fotogaleria: os milhares que encheram as ruas de auckland em júbilo.

no final, um renhido 8-7 para a nova zelândia, e era dada ordem para os festejos. o país saiu às ruas para comemorar a conquista aguardada há mais de duas décadas. milhares de pessoas esperaram que os ‘all blacks’ se juntassem aos festejos em auckland, umas dos núcleos do desporto no país.

outra desses núcleos é christchurch que, porém, permaneceu com as ruas vazias. a cidade foi abalada em fevereiro por um forte sismo e posteriores réplicas que, no total, causaram 144 mortes. os efeitos do sismo destruíram a cidade e abriram fendas em diversos edifícios, como o estádio dos crusaders, a equipa neo-zelandesa com mais sucesso na história do râguebi, que tinha sido remodelado para acolher partidas do mundial.

o sismo afastou o râguebi e os festejos da terceira maior cidade do país, focando as celebrações em auckland, onde milhares rejubilaram em torno da conquista dos ‘allblacks’, a primeira alegria nacional no país após o desastre natural do sismo em christchurch.

diogo.pombo@sol.pt