Jerónimo Martins confirma entrada na Colômbia

A Jerónimo Martins, dona do Pingo Doce, comunicou hoje que vai entrar na Colômbia.

«anunciou também que, depois de analisar as diferentes opções de diversificação geográfica, o conselho de administração de jerónimo martins, na sua reunião de 25 e 26 de outubro, decidiu escolher a colômbia como o novo mercado a entrar», revelou o ceo da retalhista portuguesa, pedro soares dos santos, no comunicado enviado ao mercado com os resultados trimestrais.

tal como o sol já tinha noticiado em setembro, a administração da jerónimo martins estava há vários meses a preparar a expansão para o mercado colombiano, tendo mesmo tido um encontro com o presidente da republica, juan manuel santos, em junho passado. foi nessa reunião, onde esteve também o ministro do comércio, industria y turismo, sérgio díaz-granados, que o grupo terá comunicado aos líderes colombianos a sua decisão.

e deverá avançar «com uma forma de grande dimensão. não é só para vir para a capital. querem instalar-se em toda a colômbia», relatava ao sol o embaixador português em bogotá, augusto saraiva peixoto, que também esteve no encontro.

para já, a jerónimo martins, que além de portugal, está também na polónia, com a biedronka, não divulga mais detalhes sobre a estratégia que pretende seguir nesta nova geografia.

no entanto, o chairman da companhia, alexandre soares dos santos, já por diversas vezes tinha referido que este país encaixava nos parâmetros de internacionalização da companhia: ter mais de 40 milhões de habitantes, ser um estado democrático e garantir estabilidade política.

em março do ano passado, na apresentação de resultados de 2009, soares dos santos, sinalizava a colômbia como um país que estava no radar da internacionalização da jerónimo martins, a par da áfrica do sul, canadá ou estados unidos. e em junho de 2010, ao jornal alemão lebbensmittel zeitung, indicava que a jerónimo martins estaria a estudar a entrada em dois mercados da américa latina: colômbia e brasil. já este ano, reforçaria que estavam a ser analisados «três países» e que eram «para o lado de lá».

ana.serafim@sol.pt