ao juntar a este iogurte natural três tipos de fruta – «sempre da época», garante ao sol pedro sena, um dos sócios da empresa –, dois toppings crocantes (do muesli aos smarties) e um líquido (do mel ao doce de leite), o estômago fica sem espaço para mais. a cada colherada daquele iogurte mata-se a fome, acalma-se a gula e ainda se ganha cálcio. tudo isto sem prejudicar a linha.
que o diga pedro sena que já perdeu vários quilos desde a abertura do primeiro quiosque em julho, no centro comercial alegro em alfragide. «várias pessoas com banda gástrica vêm cá».
a dietista patrícia almeida nunes garante ao sol que os iogurtes são alimentos equilibrados do ponto de vista nutricional, «substituindo o consumo de leite ou de queijo, pela sua riqueza em cálcio». mas alerta para o facto de alguns serem ricos em gordura saturada e em açúcar.
um iogurte sólido natural meio-gordo tem em média 67 calorias; se for magro apenas 53.
os iogurtes de pedaços têm menor valor calórico do que os de aromas. «com estes é necessário ter atenção, uma vez que um simples iogurte poderá ter o equivalente a duas colheres de sopa de açúcar, mesmo que seja magro».
para a dietista as versões light são boas opções para «quem necessita de controlar o peso e o consumo de açúcar, como é o caso dos diabéticos».
no entanto, patrícia almeida nunes, do serviço de dietética e nutrição do hospital de santa maria, em lisboa, prefere recomendá-los para as refeições intercales e não como substitutos do almoço ou do jantar.
um iogurte calmante contra a tuberculose
o mercado dos iogurtes está cada vez mais diversificado. dantes a escolha era entre iogurtes naturais ou de aroma; hoje existem os líquidos, os açucarados, os com pedaços ou os com cereais.
a história dos iogurtes e dos seus benefícios remonta à antiguidade. na grécia, era visto como um purificador e um calmante de problemas digestivos. e o seu consumo chegou a ser aconselhado para o tratamento de doenças do fígado e no combate à tuberculose.
um pouco por todo o mundo, gregos, árabes e hindus recomendavam os iogurtes como um calmante, refrescante e regulador intestinal. consta que gengis khan, líder militar dos mongóis, alimentava o seu exército com iogurte. na índia, é usado para cortar o picante nos pratos.
o leite fermentava com o calor em potes de barro ou em alforges no dorso dos animais, mas actualmente o processo é mais complexo e tem várias etapas, que começam pela selecção do leite.
«um iogurte demora, em média, entre nove a 15 horas a ser produzido», conta ao sol andré moura da danone, cuja fábrica em castelo branco recebe diariamente cerca de 150 mil litros de leite de produtores nacionais.
embora a marca seja francesa, está à venda uma nova receita do iogurte activia, totalmente adaptada ao gosto dos portugueses, que, segundo vários estudos de mercado, «preferem iogurtes com sabor intenso, textura cremosa e maior teor de fruta». o activia smoothie tem quatro vezes mais fruta do que os actuais iogurtes líquidos e leites fermentados existentes em portugal.
todos os produtos desta gama têm «ainda um fermento adicional, exclusivo da danone, o ‘bífidos actiregularis’, que ajuda a melhorar a sensação de barriga inchada e o trânsito intestinal lento».
o iogurte grego, recentemente lançado em portugal também pela danone, está a gerar grande curiosidade nos consumidores. a sua textura é diferente de um sólido graças a uma receita e a uma forma de fabrico diferente. este iogurte é caracterizado por ser rico em proteínas de alto valor biológico.
na receita é utilizada uma mistura de ingredientes que potenciam as suas características, como a cremosidade, «que o diferenciam dos restantes iogurtes», afirma ao sol rita mira, também responsável pela marca francesa.
a textura é conseguida graças às natas. apesar de ser um produto gordo, «não deixa de ser saudável, quando consumido no âmbito de uma alimentação e estilo de vida também eles saudáveis».