Cumprimento real

Num encontro com a D. Isabel de Bragança, dei-lhe um aperto de mão. Como a deveria ter cumprimentado?

cumprimentou-a muito bem. não vivendo nós em monarquia, não há um protocolo oficial para cumprimentar os pretendentes ao trono. devem seguir-se, pois, as normas de etiqueta habituais para pessoas menos íntimas, mas de respeito (como é o seu caso).

os monárquicos, naturalmente, darão mais atenção ao assunto. na sessão mais monárquica e relativamente pública que se faz em portugal com os duques de bragança, e que é o jantar dos conjurados no 1.º de dezembro, d. duarte cumprimenta aí as pessoas de aperto de mão, e alguns homens dão um beijo na mão da duquesa, como nas de outras senhoras. as senhoras, sobretudo se não têm intimidade, também se devem reduzir ao aperto de mão.

nos protocolos oficiais das monarquias desaconselham-se contactos físicos com os monarcas. uma leve inclinação de cabeça, em sinal de reverência e respeito, é o previsto – e o que também fazem os monárquicos portugueses com os duques de bragança.

algumas pessoas, um pouco arredadas destes mundos para nós históricos, aprimoram umas vénias bastante exibicionistas e ridículas. como a vénia se espalhou como um vírus, as famílias reais procuram defender-se delas. por exemplo, no casamento do príncipe william, em londres, a família real (que também não permite o beija-mão à rainha, mas apenas o aperto de mão) distribuiu um manual de protocolo entre os convidados, em que proibia expressamente as vénias à rainha e aos príncipes.

envie as suas dúvidas para: assuncao.cabral@sol.pt