por exemplo, na sonae, dona do continente, sportzone e worten, será feita uma «gestão dinâmica» dos colaboradores, consoante os movimentos diários dos clientes, refere fonte oficial, sem detalhar qual o volume de contratações previsto. «vamos fazer reforços de natal e ter as equipas preparadas. temos 400 lojas em portugal e haverá ajustamentos loja a loja, insígnia a insígnia», referiu recentemente ao sol o ceo do retalho especializado da sonae, miguel mota freitas.
já o el corte inglés reforçará as suas equipas com 350 elementos, «sensivelmente o mesmo número» do que em 2010, detalha a porta-voz, susana santos. «este ano estamos a reorganizar os serviços para termos mais contributos internos, sobretudo vindos do back office, a quem demos a opção de fazerem parte do seu horário ao serviço das lojas. por esta razão, é possível reduzir o tempo de contratação dos reforços», justifica.
à espera para ver
face à incerteza económica, fechar os planos de reforços de pessoal para este natal – e contabilizar, para já, quantas pessoas serão necessárias – pode ser mais complexo do que no passado, quando a conjuntura permitia antecipar melhor os movimentos dos clientes. por um lado, as reduções nos subsídios deverão retrair o consumo, mas o aumento do iva de alguns produtos a partir de janeiro pode levar a antecipar compras.
além disso, este ano já vigora o novo horário de funcionamento das grandes superfícies, que desde agosto passaram a poder abrir aos domingos e feriados à tarde. até então, essa excepção só era permitida entre novembro e o final do ano, e, por isso, as empresas retalhistas aumentavam as suas equipas nesse período, opção que este ano poderá ser de menor dimensão.
«temos as equipas preparadas desde os reforços de verão», sustenta a directora-geral do ikea em portugal, kristina johansson, detalhando que a cadeia sueca, por norma, não recruta no natal.
novas opções de compra
«o consumo vai certamente baixar significativamente. a nossa expectativa é que os consumidores continuem a comprar, mas que adquiram novos hábitos e movam o consumo para produtos com preços mais acessíveis», analisa andreia campos, da parfois. para o natal, a rede de lojas de bijutaria vai recrutar 50 pessoas, um aumento de 20% no pessoal. já nas 37 lojas de brinquedos imaginarium, que normalmente empregam 150 pessoas, haverá mais 40 colaboradores.
na primark também haverá reforço de empregados, mas o responsável pela cadeia de vestuário a nível ibérico, josé luíz martinez, que espera aumentar vendas na quadra natalícia, não adianta números.
«temos expectativas de venda relativamente similares às de 2010», indica por sua vez a porta-voz do el corte inglés. acredita, contudo, que na próxima quadra natalícia os portugueses vão optar por «produtos mais úteis, como os cabazes de natal, ou mais duradouros, por serem encarados como investimentos, ou ainda por produtos e marcas nacionais».
contactadas, fnac, media market, toys ‘r’ us, inditex ou h&m, não responderam às questões do sol.