a controvérsia não pára de aumentar em inglaterra. a polémica já estava instalada, com as atenções do público futebolístico a seguirem as duas investigações que decorrem na federação inglesa de futebol (fa) sobre os alegados insultos racistas proferidos por john terry e luis suarez.
e este último conheceu esta sexta-feira uma nova página na sua história, onde ficou escrita a defesa de luis suarez, alegado autor de insultos racistas contra patrice evra.
o alarido mediático em torno do caso terá motivado as declarações de gustavo poyet, antigo jogador uruguaio do chelsea e tottenham. ao daily telegraph, o antigo jogador e recordou a sua carreira futebolística para explicar a defesa ao seu compatriota, luis suarez.
«joguei futebol em espanha durante sete anos e fui chamado de tudo e mais alguma coisa por ser sul-americano», atirou, acrescentando depois: «e nunca fiquei a chorar como um bebé, como o patrice evra, a dizer que me tinham dito algo».
poyet prosseguiu, deixando as explicações para defender o seu compatriota e avançado do liverpool. «posso assegurar que o luis não é racista. usamos palavras diferentes [no uruguai], e lá vivemos com muitas pessoas que têm diferentes tipos de cor de pele, e todos vivemos juntos e jogamos futebol juntos», sublinhou.
o antigo médio uruguaio fez questão de vincar a sua defesa a suarez, mostrando-se mesmo disponível a apoiar o avançado do liverpool em tribunal.
«conheço muito bem o luis e irei a tribunal se for preciso provar que ele não é racista», garantiu, ao estender as suas palavras que intensificam a polémica em torno do caso, que remonta a uma partida entre liverpool e manchester united (1-1), disputada em outubro.
a par das declarações, a fa já acusou luis suarez de ter proferido os alegados insultos racistas a patrice evra. quanto ao caso de john terry – cujas repercussões já chegaram à selecção inglesa -, continua a ser alvo de investigação.