Cinco interessados na TAP e seis na ANA

O secretário de Estados da Obras Públicas, Transportes e Comunicações diz que há cinco interessados na compra da TAP – que será vendida a 100% – e seis na ANA – Aeroportos de Portugal. A venda das duas empresas será finalizada durante o próximo ano.

tap disposta a abdicar de subsídios.

sérgio silva monteiro especifica tratar-se de «empresas brasileiras, colombianas, do médio oriente e europeias». segundo o sol apurou, trata-se das brasileiras tam e gol, da colombiana avianca, da europeia iag e da qatar airways. as empresas do brasil são as melhores colocadas para garantirem o controlo da tap.

já o modelo de venda da ana sofreu algumas alterações. segundo silva monteiro, o governo «não vai vender, mas sim concessionar a operação». a venda da ana foi ponderada pelo anterior governo, estando associada a este processo a construção do novo aeroporto.

o caderno de encargos para a operação já está a ser preparado. «admitimos a hipótese de concessionar os três aeroportos em conjunto – porto, lisboa e faro – ou individualmente», observa, definindo assim o perímetro da concessão. os restantes aeroportos ficarão sob a alçada do estado.

o modelo anterior previa apenas a venda em ‘pacote’. a alteração agora feita vai de encontro às pretensões de empresários do norte do país, que pediram uma concessão independente para o aeroporto do porto. «este é o melhor modelo que o estado podia escolher», disse ao sol rui moreira, presidente da associação comercial do porto e uma das figuras da reivindicações efectuadas no passado.

contudo, esta opção vem tarde para os empresários do norte. a crise depauperou as contas das principais empresas e a sonae, de belmiro de azevedo, e a soares da costa, de manuel_fino – que em 2008 se disponibilizaram a investir entre 800 e 1.000 milhões na concessão – disseram ao sol que já não estão interessadas no projecto. «trata-se de um assunto encerrado», disse fonte oficial da sonae. resposta semelhante foi dada pela administração da soares da costa.

metro avança

apesar das dificuldades financeiras, silva monteiro pretende «expandir a rede do metro de lisboa». «mas vamos rever os anteriores planos de expansão, pois obedeceram a lógicas partidárias», afirma.

as obras serão financiadas através de uma comparticipação do imposto municipal sobre imóveis ou de um aumento geograficamente seleccionado da contribuição de serviço rodoviário, um imposto sobre os combustíveis. «queremos tornar a rede do metro capilar», afirma sérgio silva monteiro.

frederico.pinheiro@sol.pt