em dia de celebração, o núcleo do movimento ‘occupy’ resolveu aproveitar o simbolismo para regressar a um dos marcos da revolta de nova iorque. assim, milhares de pessoas voltaram a marchar pela ponte de brooklyn onde, a 1 de outubro, uma massa de protesto tinha já bloqueado o tráfego na enigmática travessia do east river.
recorde: a ‘invasão’ da ponte de brooklyn e as mais de 700 detenções no início de outubro.
o recuo ao acto simbólico teve consequências semelhantes às que se tinham verificado no primeiro dia de outubro. o balanço de detenções rondou as 250 pessoas que, apesar de em menor número – em outubro tinham sido mais de 700 -, voltaram a obrigar as autoridades nova-iorquinas a desdobrarem-se em trabalhos para evacuarem a ponte.
entre os milhares de cabeças erguiam-se cartazes que protestavam contra a violência policial nas manifestações, mas, no final, a violência acabou também por atingir as autoridades. a bbc relata que foram pelo menos sete os agentes da polícia que ficaram feridos.
berços de protestos crescem nas universidades
as manifestações que nos últimos meses têm invadido as ruas de várias cidades norte-americanas estão agora a repercutir-se nas universidades, que têm proporcionado novos berços de alguns protestos, que assim começam a ganhar contornos estudantis.
apesar de protestarem em solidariedade com o movimento ‘occupy’, a linha estudantil dos protestos reivindica preocupações próprias.
ontem, sexta-feira, as manifestações que se espalharam pelos eua contaram com a presença de milhares de estudantes, em protesto contra os elevados preços das propinas universitários e apelando à introdução de reformas no sistema de educação norte-americano.
a associated press destaca relatos de alunos que têm organizado saídas em massa a meio das aulas ou montado acampamentos no ‘campus’ de várias universidades um pouco por todo o país. ao todo, serão mais de 120 as universidades que já contam com protestos organizados.