Passos Coelho
O Primeiro-ministro soube resistir – e fazer resistir os membros do seu Governo – à tentação de entrar em polémicas com o Presidente da República a propósito dos cortes nos subsídios de férias e Natal no Estado. A opinião é um direito, mas um Chefe de Estado deve dá-la no local certo, a menos que já não confie no seu interlocutor. Passos marcou pontos perante os mercados e os portugueses.
António Mexia e Rui Cartaxo
A EDP e a REN estão prestes a ser integralmente privatizadas, sabendo-se que há vários interessados nas operações. A existência de tantos potenciais compradores demonstra que as empresas são rentáveis, e, se o são, não é apenas por terem parte do negócio garantido em Portugal. É também graças às suas equipas de gestão que, fiquem ou não para o futuro, têm o mérito do trabalho realizado.
Angela Merkel e Nicolas Sarkozy
Era para ser desta… mas não sabemos se foi. Merkel e Sarkozy não são, como o presidente francês fez questão de sublinhar, os culpados do endividamento e dos erros de alguns dos países da Zona Euro. Mas são culpados pela indefinição em torno de soluções e de criarem expectativas que nem sempre se verificam na prática. Até ver, a cimeira não correu mal. No curto prazo, veremos.
Teixeira dos Santos
A Comissão Europeia vai investigar a nacionalização e a reestruturação do BPN. Em causa está, por exemplo, o facto de terem sido dados apoios estatais (como avales) ao banco sem que Bruxelas tivesse conhecimento, de forma regular e atempada, daquilo que estava a passar-se. Teixeira dos Santos deu a cara pelo Governo de Sócrates neste processo. Agora terá, provavelmente, de dar explicações.
ricardo.d.lopes@sol.pt